quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Uberlândia terá coleta seletiva em um ano

Dentro de um ano será implantado em Uberlândia o projeto de Coleta Seletiva o qual está em fase de estudo na Secretaria Municipal de Meio Ambiente. A cidade conta hoje com duas associações de catadores para dar destino correto dos recicláveis.
A intenção é associar o trabalho dos catadores de porta em porta com caminhões de coleta seletiva, o que prevê melhores condições de trabalho dentro do projeto, além de aumentar a renda dos catadores que terão mais embalagens disponíveis.
Escolas municipais e empresas terão ainda este ano orientações de como separar e destinar as embalagens reciclaveis para a coleta seletiva.
O processo começará pela Educação e consientização sobre a responsabilidade social de cada um, disse Raul Perez, coordenador do Nucleo de coleta.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Sustentabilidade para um novo ambiente urbano

O jornalista André Trigueiro durante os debates - foto: Nathália Clark

Brasília – A XI Conferência das Cidades, realizada pela Comissão de Desenvolvimento Urbano nos dias 7 e 8 de dezembro, na Câmara dos Deputados, abordou o tema “O futuro das cidades no novo contexto socioambiental”. As apresentações foram abrangentes e as discussões, de maneira geral em tom comportado e cordial entre os palestrantes, giraram em torno de como os temas urbanos podem dialogar com o meio ambiente e a sustentabilidade.

De acordo com a professora Maria do Carmo, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília, há hoje perspectivas de gerir as cidades a partir de novos paradigmas. No entanto, algumas carências ainda estão consolidadas, como a ausência da infra-estrutura, a falta de tratamento de água e saneamento básico.

O custo da falta de saneamento

O jornalista e professor da PUC-Rio André Trigueiro, especializado em temas ambientais, fez parte da mesa de debate e disse não ser possível falar em planejamento urbano, hoje, sem ter como eixo a sustentabilidade.

Segundo ele, o número de domicílios desconectados de rede coletora aumentou entre 2008 e 2009, de acordo com a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). “É esgoto lançado in natura nos corpos d’água. Hoje, 65% dos municípios destinam seus resíduos sólidos a céu aberto, o que significa uma bomba relógio ambiental”, afirmou Trigueiro.

O ministro das Cidades, Márcio Fortes, que esteve presente na conferência, afirmou que a expectativa é de que, para as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), os investimentos destinados à construção de habitações, com sistemas de saneamento possam atingir em torno de 250 bilhões.

Ocupação irregular de APPs urbanas

Outra questão levantada pela professora da UnB foi a das ocupações irregulares do solo nas cidades, o que predomina no processo de urbanização brasileiro. “Hoje, 34,4% da população urbana está situada em áreas que são urbanisticamente irregulares, em condições precárias, ou ambientalmente frágeis e de risco”, afirmou Do Carmo.

Segundo ela, a questão da regularização fundiária nas áreas urbanas precisa ser contemplada no Código Florestal. Para Maria do Carmo, é preciso definir o uso adequado das Áreas de Preservação Permanente (APPs) na zona urbana, que seja compatível com a preservação, e não apenas negar-lhes o uso.

A advogada Samanta Pineda, especialista em direito socioambiental e consultora da Frente Parlamentar da Agropecuária no Congresso, concorda com a utilização adequada das APPs urbanas e afirmou a existência, hoje, de 13 milhões de moradias irregulares no Brasil. Para ela, “cria-se um problema social em virtude de resolver um problema ambiental”.

Mudanças Climáticas na agenda política

Carlos Nobre, engenheiro do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) colocou a questão das mudanças climáticas que a mancha urbana vem causando. Segundo ele, a cidade de São Paulo já aumentou a temperatura em mais de 3 graus. “São Paulo virou uma ilha urbana de calor, e enchentes já são corriqueiras. Como não vemos muito sucesso em Cancun, esperaremos pelo aquecimento global, que segue na mesma evolução da urbanização, e um cenário de altas emissões”, afirmou.

Nobre informou também que o INPE pretende propor à Câmara um Sistema de Prevenção de Inundação e Deslizamento, para monitorar os desastres. “A adaptação das cidades não é uma opção, é mandatória”, frisou.

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Estamos aí com a COP-16 em ação, aliás, hoje é a finalização das negociações e esperamos que os negociadores nos apresentem respostas positivas e que possamos criar novas estratégias a fim de coibir a interferência humana e perigosa no sistema climático. Precisamos de recursos tecnológicos e financeiros para seguir em frente, mesmo porque, na ratificação do Protocolo de Kyoto, os países desenvolvidos se submeteram a este e outros compromissos.
O governo (estadual e federal) deve promover bem estar, qualidade de vida e empregos, em cidades de menor porte, e em media cidades, para que não haja um "inchaço" nas grandes capitais, principalmente as situadas a beira do Atlantico. A colonização do Brasil começou pelo litoral, mas agora está na hora do governo promover a "interiorização" , levando tudo o que tem as pessoas nas grandes capitais, para as pequenas e media cidades deste interior brasileiro. Quando isto acontecer, muitos problemas serão evitados nas grandes cidades, principalmente a favelização e as ocupações irregulares de rios, corregos e áreas de preservação.